Prognóstico França - Marrocos (Mundial)

Campeã mundial em título, a França é desde o início apontada como favorita à conquista desta edição da prova. E o histórico justifica por si só que as casas de apostas como considerem como altamente provável a vitória da equipa orientada por Didier Deschamps. O triunfo dos gauleses paga menos de 1.55 - 55 cêntimos por cada euro investido -, enquanto o empate está cotado a 3.90; já uma (nova) surpresa dos marroquinos tem uma odd de 7. Nos mercados de golos, a aposta em menos de 2,5 - a formação do Norte de África só sofreu um golo em cinco jogos na competição - garante uma interessante odd de 1.70.

Apesar de ter perdido o Bola de Ouro Karim Benzema mesmo em cima do início da prova, a França garantiu o apuramento logo nas duas primeiras jornadas, com vitórias sobre Austrália (4-1) e Dinamarca (2-1). Na derradeira ronda, os gauleses mediram forças com a Tunísia, com Didier Deschamps a aproveitar o facto de a qualificação estar assegurada para descansar praticamente todos os titulares - a excepção foi o central Raphael Varane. Tanta rotação acabou por custar caro, com a Tunísia a vencer por 1-0. O resultado não colocou em causa, ainda assim, o primeiro lugar final dos gauleses, à frente da Austrália na diferença de golos.

Nos oitavos-de-final, o conjunto francês teve pela frente a Polónia - segunda classificada no grupo da Argentina - e venceu por 3-1. A seleção do Leste europeu até criou as primeiras ocasiões de golo, mas não resistiu a um golo de Olivier Giroud nem à posterior entrada em cena de Kylian Mbappé, que resolveu o assunto com um bis - Lewandowski reduziu, de penálti, no último segundo. Já nos quartos-de-final, a França eliminou a Inglaterra, num duelo de candidatos ao título, impondo-se por 2-1, num encontro em que os ingleses desperdiçaram o empate já na recta final, com Harry Kane a falhar uma grande penalidade.

Marrocos, por sua vez, é a sensação da prova. Desde a primeira jornada da fase de grupos que o conjunto do Norte de África deixa uma imagem positiva, arrancando aí um nulo à vice-campeã Croácia (0-0). Seguiu-se uma vitória por 2-0 sobre a Bélgica, uma seleção que era apontada como outsider na corrida pelo título, e a fechar um triunfo por 2-1 sobre o Canadá, com a combinação de resultados a assegurar o primeiro lugar no grupo aos comandados de Walid Regragui. Bem organizados e com um tremendo espírito de sacrifício, os marroquinos mostravam assim que queriam fazer história nesta edição da competição.

Nos oitavos-de-final, a equipa do Magrebe enfrentou a toda-poderosa Espanha, fazendo durar o nulo até ao final dos 120 minutos e impondo-se depois no desempate por grandes penalidades. Era o primeiro gigante a tombar aos pés da seleção de Walid Regragui, mas não foi o último. Nos quartos-de-final, Marrocos defrontou Portugal e, com eficácia e um Bono inspirado na baliza, conseguiu então fazer história, com a vitória por 1-0 a representar a primeira presença de sempre de uma equipa africana nas meias-finais de um Mundial. Os magrebinos marcaram em cima do intervalo e resistiram estoicamente às tentativas dos lusos, que assim se despediram do Qatar.