Prognóstico Argentina - França (Mundial)

A final de um Campeonato do Mundo é um jogo que por norma se espera equilibrado e este não foge à regra. Essa é a igualmente a leitura das casas de apostas, com a maioria a atribuir exatamente a mesma odd (entre 2.75 e 3) para o triunfo de Argentina e França - alguns bookmakers sugerem um ligeiro favoritismo do conjunto gaulês, campeão mundial em título. Já o empate nesta final do Mundial do Qatar é disponibilizado com uma odd média de 3, enquanto nos mercados de golos a expectativa é a de um resultado pouco expressivo - menos de 2,5 golos paga no máximo 1.65 -, mas existe valor no mercado "ambas marcam", com odds próximas de 2.

Quem diria que a seleção que começou com uma derrota frente à Arábia Saudita (1-2) chegaria a esta partida decisiva no Lusail Iconic Stadium. É que nessa manhã de 22 de Novembro a equipa de Lionel Scaloni não só foi surpreendida pelo adversário teoricamente mais frágil do grupo como apresentou um futebol pouco contundente e incapaz de superar a organização dos sauditas. Do lado argentino, temeu-se, efetivamente o pior - naquele que já se sabia ser o último Mundial do incontornável Lionel Messi -, até porque os adversários seguintes, México e Polónia, teriam mais argumentos do que a Arábia Saudita.

Mas o conjunto sul-americano deu uma resposta à altura, vencendo os duelos com aztecas e polacos, ambos por 2-0, e terminando mesmo em primeiro lugar no grupo - enquanto a Arábia Saudita ficaria… em último. Os argentinos marcaram encontro com a Austrália nos oitavos-de-final, impondo-se por 2-1, antes de uma autêntica batalha nos quartos-de-final, com os Países Baixos, num jogo que só ficou resolvido no desempate por grandes penalidades, após uma igualdade a dois golos no final dos 120 minutos. Já nas meias-finais, frente à vice-campeã mundial Croácia, a Argentina venceu tranquilamente por 3-0.

Já a França teve um início muito mais tranquilo. Os comandados de Didier Deschamps resolveram logo o apuramento nas duas primeiras jornadas da fase de grupos, começando por golear a Austrália, por 4-1, e batendo depois a Dinamarca, por 2-1. Com seis pontos e a certeza de uma vaga nos oitavos-de-final, o técnico dos campeões mundiais resolveu descansar quase todo o onze no terceiro e último encontro, com a Tunísia. A opção teve natural impacto na performance dos gauleses, para mais porque o conjunto do Norte de África ainda estava na luta pela qualificação, e os tunisinos venceram mesmo por 1-0.

Foi o único desaire da França no percurso até à decisiva partida deste domingo. Nos oitavos-de-final, a equipa orientada por Didier Deschamps bateu a Polónia com relativa facilidade, por 3-1, antes de derrotar a também candidata Inglaterra nos quartos-de-final, com um apertado triunfo por 2-1, beneficiando então do facto de Harry Kane ter falhado um penálti já na reta final da partida. Já nas meias-finais, contra a equipa-sensação da prova, a de Marrocos, os Les Bleus levaram a melhor por 2-0, com um golo em cada parte, carimbando assim o passaporte para a sua segunda final consecutiva da principal prova de seleções do planeta.