3 jogadores que justificam uma aposta em Portugal no Euro 2020

Os 3 Portugueses a ter em conta no Euro 2021

A qualidade desta geração portuguesa é tanta, que este exercício acabou por se revelar bastante difícil. Escolher apenas um jogador por linha, entre os vários craques convocados, revelou-se um quebra cabeças, solucionado por um critério que nos pareceu interessante: fora os mais notáveis e experientes, com Rui Patrício, Pepe e Cristiano Ronaldo à cabeça, quais os jogadores desta nova era que se podem revelar fundamentais na defesa do título europeu? Em que jogadores pode confiar para apostar em como Portugal vence o Euro 2021? Vamos a isso!

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Ruben Dias, o digno herdeiro do escudo

Pelo recém estatuto de melhor jogador da Premier League - que é só o melhor campeonato do mundo - e logo em ano de estreia, a escolha por Rúben Dias pode parecer bastante óbvia! Contudo, no lugar deste líder nato, bem poderia constar o jogador mais jovem da convocatória de Fernando Santos, Nuno Mendes, que teve uma temporada de sonho com o Sporting e que é insistentemente apontado para assinar pelo Manchester City, onde faria companhia a… Rúben Dias.

Pep Guardiola nunca se cansou de elogiar a sua nova jóia, que cedo foi apontada com a melhor contratação de sempre do espanhol para a defesa dos Skyblues, louvando o impacto brutal que teve no equilíbrio da equipa. É simples, o City era uma equipa antes do Ruben e foi outra com ele. O melhor jogador da liga inglesa, confirmou ser um predestinado, que veio à Luz para conviver e se destacar entre os melhores.

Começou ao lado do icônico capitão encarnado, Luisão, e rapidamente impôs a sua voz à altura do mentor. Demorou pouco até se estrear na Seleção AA e rapidamente passou a ser visto como o herdeiro do incrível Pepe com as cores verde e vermelha, um dos melhores centrais, tanto da história da nossa Seleção como da sua época. Juntos, na frente do imperturbável Rui Patrício, os dois vingadores vão constituir uma das duplas mais impressionantes (a melhor?) deste Europeu.

Aprendeu com duas lendas vivas; chegou, viu e venceu na liga mais competitiva, e está prestes a provar que é mesmo ele, o herdeiro de Pepe, o ‘Monstro’ e protetor da Seleção Nacional por excelência. Todos sabem que para apostar no vencedor de uma grande competição como um Campeonato da Europa, uma defesa sólida é imprescindível, e Portugal demonstrou isso mesmo no Euro 2016. A muralha lusitana continua em pé e parece bem entregue com o futuro Capitão Portugal, a garantia de que podemos apostar mais que um escudo.

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Bruno Fernandes, a mentalidade de um vencedor

Um pouco à semelhança daquilo que realizou o seu vizinho de Manchester, Bruno Fernandes chegou no inverno a Old Trafford para aquecer a alma dos adeptos dos Red Devils, logo nos primeiros toques de classe que deu na bola. Seis meses foram os suficientes para o artista luso ser eleito melhor jogador do Manchester United, causando um impacto imediato na equipa, sendo prontamente, comparado a lendas daquele campeonato, como Frank Lampard ou Paul Scholes.

Este ano, repetiu a dose, novamente eleito jogador do ano do United, com 28 golos e 17 passes em 58 jogos, tendo alcançado o estatuto de terceiro melhor da liga inglesa, batido apenas pelo companheiro de Seleção, Ruben Dias, e pelo incontornável Kevin de Bruyne. Não é apenas pelas inacreditáveis estatísticas que apresenta enquanto médio, mas também pelo caráter e mentalidade vencedora que já havia evidenciado no Sporting.

E o rugido do vice-campeão inglês pode ser fundamental numa Seleção, que apesar de ter muito talento no centro do terreno, por vezes, aquele meio campo parece sentir falta de temperamento. A personalidade do ex-leão é mesmo aquilo que o destaca dos seus companheiros, sendo o principal atributo pelo qual foi eleito pela nossa redação, como o jogador a não perder de vista no meio-campo.

Pois jogadores como João Palhinha por exemplo, talvez um pouco verde para se assumir como voz no miolo das Quinas, ou até Renato Sanches, inesperado campeão francês, que no Lille renasceu das cinzas depois de ter deixado demasiado cedo o ninho da Luz, poderiam também ser os jogadores escolhidos. Mas o feitio algo especial do jogador formado no Boavista pode mesmo revelar-se fundamental numa equipa com estas ambições, partilhando a liderança técnica com Bernardo Silva.

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André Silva, o prodígio discreto

Não faltam opções no setor ofensivo, à disposição de Fernando Santos, um pouco à semelhança do que sucede nas outras linhas do campo, mas à partida, haverá menos lugares para ocupar no ataque desenhado pelo engenheiro. De facto, o Selecionador Nacional deverá apresentar quase sempre um trio ofensivo, e André Silva deverá estar entre os sacrificados de uma das criações do mundo do futebol que nunca passa de moda: o famoso 4-3-3, seja ele híbrido ou não.

Deste habitual tridente, todos esperariam ver mencionado aqui, Cristiano Ronaldo, artilheiro da liga italiana (29 golos) e insubmersível pavilhão luso, no lugar de André Silva. Mas o tal critério decisivo nunca permitiria citar o eterno Cristiano entre a nova frota de craques que fará frente a qualquer Mostrengo cruzado neste europeu. Por outro lado, o prodígio de Frankfurt pode mesmo ser a arma secreta do atual Campeão da Europa.

Se na Seleção está na sombra de um uma figura divina, na exigente liga alemã só o herói da Baviera conseguiu atenuar a proeza do jovem português. Foi o segundo melhor marcador da Bundesliga, com 28 golos, atrás do inalcançável Lewandowski que teve uma temporada iluminada (41 golos), mas ainda se adiantou a um jovem escandinavo precoce, com o nome de Herling Haaland, que tem deixado a sua marca no comum dos mortais a uma velocidade relâmpago…

Ao saltar do banco, André Silva pode perfeitamente resolver um jogo complicado, sendo também uma garantia de que o nosso grande arquitecto poderá substituir qualquer peça da equipa com a mesma qualidade. Bem poderíamos invocar Pedro Gonçalves, Bola de Prata da Liga Portuguesa (23 golos) ao serviço de um Sporting campeão, mas ‘Pote’ ainda deve ganhar peso num grupo que transpira talento. Félix teve um ano algo apagado no Atlético e talvez possa renascer neste Europeu, mas há bem pouco tempo, Éder provou que todos se podem tornar imortais.

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